Ao longo das últimas décadas nossa sociedades se tornou sedentária. Claramente, isso repercutiu na nossa alimentação também que hoje é, em boa parte, ultraprocessada. E com isso tudo mudou, os nossos hábitos mudaram, a nossa silhueta mudou, e a nossa saúde e equilíbrio alimentar também.
A alimentação industrializada se desenvolveu graças ao marketing, que com suas propagandas e embalagens com letras minúsculas, fala sobre a “comida embalada” como prática, cômoda, e garantidora de mais tempo de sobra para você fazer outras coisas mais importante do que ficar com a barriga no fogão.
Por mais que a nossa expectativa de vida tenha aumentado, existem agora uma série de “novas doenças” e muitas delas relacionadas com a nossa alimentação. E há ainda uma indústria farmacêutica muito interessada por nosso estado de saúde precário para lucrar com isso. Olhando para o passado e para o que fazíamos de certo, podemos entender como corrigir os erros do agora, para garantir um futuro melhor para nós e para as futuras gerações. E acreditem, não é assim tão complicado!
Muita gente engorda ou fica com algum problema de saúde, e eu sempre escuto aquela frase clássica: mas eu nem como tanto assim! Como se a quantidade fosse realmente importante. E olha não é tão importante assim, desde que você esteja comendo comida de verdade. A comida de verdade trás uma saciedade e uma nutrição para o seu corpo, que fará você comer menos, faça um teste e almoce um dia um belo prato de carne, arroz, feijão, legumes e salada e veja por quantas horas você se sentirá satisfeito. Agora almoce um lanche fast food e veja se não vai precisar de uma barrinha de cereal para aguentar até o fim do dia, não preciso nem comentar a diferença em relação a vitaminas e minerais que isso representa no seu corpo né amiguinha? Você já parou para ler rótulos? Sabe aqueles nomes estranhos e impronunciáveis? São produtos químicos super nocivos ao corpo que fazem a sua comida processada ficar com cara de fresca quando sai do micro-ondas, e do mesmo jeito que ninguém tomaria um copo de veneno pra matar a sede, ninguém deveria comer uma lasanha congelada com os mesmos venenos só porque na embalagem está escrito ”prática”, ”como feita em casa”, ”tempero caseiro”, etc…
Ninguém aqui está falando que nunca mais você vai comer um hambúrguer na vida, estou falando que se comida de verdade for regra e não exceção aí sim você estará no caminho certo.
Então aqui vão algumas dicas para diminuir a quantidade de alimentos processados na sua vida:
1- Menos embalagens
A melhor forma de consumir seu alimento é in natura, então a única embalagem que ele deve conter é a casca. E olha muitos deles lavando bem, dá pra comer até a casca viu!
2- Comida saudável é cara
Olha esqueça aquelas promoções de leve 3 pague 2 ok? Comer saudável não é tão caro quanto você pensa, meio quilo de iogurte grego feito em casa sai pelo mesmo preço de 2 potes de iogurte industrializado. Ou seja rende muito mais, e o único ingrediente é leite! Isso mesmo, sem conservantes, aditivos ou excesso de açúcares. Frutas e legumes também não são tão caros assim, você consegue comprar o suficiente para uma semana para duas pessoas, pelo preço de uma pizza grande.
3- A versão não processada sempre será melhor
Os alimentos processados sempre vem com promessas, menos tempo de preparo, menos calorias, melhor funcionamento do intestino, mais fibras, etc. Mas você pode apostar que aquela receitinha da sua avó toda natural (tipo vitamina de mamão com ameixa seca para soltar o intestino ao invés de iorgute industrializado) é muito melhor, veja bem nem vovó, nem os índios tinham se quer geladeira, imagina um alimento pronto no supermercado para soltar o intestino. E acredito a receita da vovó sem aditivos químicos é muito melhor!
4-Leia os rótulos
Eu não vou dizer que sou a rainha da comida de verdade e que você não vai achar nada industrializado no meu armário ou freezer, afinal sou humana e também tenho meus dias de ficar de saco cheio do fogão. Mas eu sou uma leitora voraz de rótulos, mesmo as coisas empacotadas que eu trago pra casa eu leio o rótulo, se for algo com aqueles nomes muito, muito estranhos e complicados eu não trago, porque se eu trouxer eu vou comer, e não quero alimentar minha família e a mim mesma com coisas que podem nos fazer mal. Ás vezes você pode se surpreender positivamente, e encontrar alimentos enlatados que não tem nada além do que deveria, por exemplo, uma lata de tomates pelados que tem tomate e só tomate, porque não? Eu até prefiro, afinal descascar tomate pra fazer molho dá um trabalho do caramba, e não quero ceder aos molhos prontos.
5- Feira e varejão por que não?
Você já foi em alguma feira fazer compras? Não só pra comer pastel e tomar caldo de cana pós balada hein! Mas pra comprar comida de verdade! É maravilhoso, você olhar aquela manga linda e poder provar antes de comprar, ver aquelas famílias trabalhando desde cedinho com uma barraca cheia de frutas frescas, lindas e num preço amigo. Se a feira for muito longe da sua casa, procure um varejão. Feiras e varejões geralmente vão ter as frutas e legumes da estação num preço bem camarada, e a variedade nem se compara. Num supermercado você acha no máximo 2 ou 3 tipos de batata, num varejão você acha de todas as cores do arco-íris! Quanto mais colorido se come, mais nutrientes e vitaminas você está colocando no seu corpo.
É isso pessoal, esse mês está sendo cheio de reflexões sobre corpo são mente sã. Repensando hábitos e descobrindo maneiras de tornar a vida mais saudável. Não posso querer que meu filho seja fã de brócolis enquanto eu mesma não como legumes. Vantagens da maternidade!
Obrigada por ler, volte sempre! 😉